Hoje pudemos ver como é complexo pensar a pesquisa, o processo avaliatório e a construção de conhecimento quando partimos da perspectiva da participação. Foi possível, através do estudo sobre a Saúde Mental em Campinas e da narrativa da usuária em atendimento ginecológico, perceber a importância de se levar em consideração os diversos atores/sujeitos da pesquisa a fim de conseguir dimensionar diferentes olhares e concepções acerca de determinado projeto ou ação.
Nesse sentido, também vale destacar o valor atribuído ao "saber da experiência" - como falar do outro sem o outro?
Também achei importante a questão do processo avaliativo como um de seus resultados. Isto é, o processo de mudança/decisão não somente se dá a partir da publicação ou revelação dos resultados e julgamentos dos pesquisadores, mas vai acontecendo no próprio fazer da avaliação, enquanto constituição processual.
Frase para reflexão: "o inferno são os outros" J. P. Sartre
Perguntas que fiquei me fazendo:
O que chama à participação?
O que fazem as pessoas se implicarem?
Com a aula de hoje pude ver que participar, mais do que simplesmente poder falar, é sentir-se apto a falar, ser ouvido, ser considerado, sentir-se motivado a revelar algo - isso tem haver com envolvimento, vínculo, significado. Fiquei pensando na questão do quanto a metodologia pode ser usada como facilitadora do processo participativo. A dinâmica usada hoje, em nossa opinião, produziu resultados que possivelmente seriam muito diferentes caso a dinâmica tivesse sido, por exemplo, de "juri-simulado".
Fabrício Gobetti Leonardi
Assistente Social
Nossa, Fabrício, sua postagem põe à tona importantes aspectos vivenciados e discutidos hoje!
ResponderExcluirUm de seus parágrafos me fez lembrar do "grito de guerra" dos usuários anglófonos de saúde mental: Nothing about me whitout me (nada sobre mim sem mim).
Muito boa suas questões e reflexões.
Faço das suas as minhas palavras!!! E se eu for montar um time vc será titular. Um abraço e bom feriado. Pedro
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